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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Entre nós


Entre nós,
Se impõe o espaço vazio e vago,
Das respostas às perguntas realizadas.
Um espaço,
Do tamanho exato do silêncio.
Entre nós,
Habita o quase,
Companheiro constante.
E quase toco e acaricio o invisível,
É quase loucura, quase lucidez,É quase vida, quase morte.
Entre nós,
O eco ressoa palavras de amor,
Mas comove apenas aos ouvidos
Da voz que as pronunciou.
Entre nós,
O amor...
O meu amor...
Assim tão louco, agredido e rouco de berrar,
Que não se importa que riam dele.
Este amor...
Descabelado, rangendo dentes...
Que arrepia os pelos e vivifica o coração...
Este amor...
Sem regras, embriagante e marginal...
Que ao mesmo tempo sufoca e alivia...
Este amor...
Que não dá paz!
Porque é só explosão!...
Este amor...
Pelas crianças compreendido...
E pelos loucos aplaudido em pé...
Ah!... Este amor...
Fogo cósmico que enternece os astros,
E abençoa os deuses...
Ah!... Este amor...
Caldeirão de bruxaria, forte e profundo...
Mas que, ainda assim,
Não enfeitiça e derrete você...
Entre nós,
Existe a pessoa do verbo não conjugado,
Existe até mesmo a ausência de se viver alguns verbos...
Existo eu...
Existe você...
Não se ousa mudanças...
Permaneço eu...
Permanece você...
Permanecendo assim a, suposta, atual segurança...
Então...
Ficamos sós...
Não somos nós...

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