Guerra e paz...
Não queria falar de
paz, tampouco de guerra...
Gostaria apenas de
ensinar ao meu filho
e aos filhos dos
outros tudo aquilo que o amor pode
Mas como em toda
história de nossa raça
O momento mais
importante é o agora...
Despreza-se o
passado;
como se a história
fosse irrelevante
Ignora-se o futuro
Imaginando-o
independente do dia de hoje.
Quantas mortes,
quantas dores, quantos gritos
ainda serão
necessárias para aprendermos
Ainda não há
tecnologia, nem tampouco ciência
para sairmos do berço
chamado terra
Por isso o homem não
pode se dividir
A mensagem é clara:
somente a união
e a fraternidade nos libertará
A natureza (ou Deus)
não permitirá que o homem
atinja a liberdade
sem antes praticar a
fraternidade e a
caridade
Quando veremos o fim
das discórdias,
Se o homem ainda não
aprendeu a lei do amor e do respeito?
Que raça desgraçada
esta que ainda não aprendeu,
depois de tantas
perdas, de tantos lamentos, de tantas dores?
Que raça é esta, a
minha raça, criada à imagem do criador
mas que ainda não tem
luz própria?
que ainda fede na
lama de sangue e ódio
criada por ele
próprio?
Pai, o que há conosco?
Pai,
quanta vergonha em
meu peito por fazer parte desta raça!
Não há prece, não há
lamento e nem solução para o caos...
Há somente o fim e
depois ninguém sabe...
Por que escolher o
caminho mais difícil?
Por que não perder
hoje, para amanha colher
os frutos do
sacrifício?
Minha raça esta
aleijada, somos todos anjos de uma asa só!
Somos cegos que não
queremos ver a luz acima de nós
Seremos, talvez,
desprezíveis por nossa própria vontade...
Não quero falar de
paz, tampouco de guerra.
Quero falar de vida,
quero falar de você, quero falar de Deus.
Quero voltar a ser
criança, quero voltar ao colo de minha mãe.
Quero esquecer da
guerra, do ódio, da fome!
Quero esquecer do
homem...
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