Perdoar requer tempo…

Perdoar o outro requer tempo e mansidão no coração. Não dá para perdoar alguém quando a raiva, o ódio, atingiram um nível tal que nos tira do centro. Nos tira a paz. Nos faz perder a razão. Adoece o coração e o corpo. Que seja então breve esse tempo de destemperança.
Até porque, muitas vezes, não basta estar certo. Não basta querer justiça. Não basta achar-se certo e, deixar o lugar do errado para o outro. Ele tem suas crenças, sua lógica, seu entendimento da vida.
E, acima de tudo isso, vale lembrar, vem o amor, a compaixão, a capacidade de tudo compreender sem julgar, sem condenar, sem imaginar que dia destes não podemos estar exatamente no lugar que o outro ocupa.
Pois é, se conseguíssemos compreender isso com essa sabedoria e calma de início, as relações seriam tão mais possíveis… A questão é não conseguimos. Somos humanos. Somos imperfeitos. Temos a nossa “justiça” instaurada e em alguns momentos, queremos exercê-la do nosso “jeitão”.
Então, fica aqui o convite. Perdoar, embora necessário, não é simples, não é fácil, nem sempre é possível. Mas, temos de fazer um esforço, sobrehumano, para compreender que antes, muito antes de pensar em perdoar o outro, precisamos aprender a nos perdoar. Exercer esse amor e compaixão para conosco. Nossas falhas, nossa humanidade, nossa falta de consistência.
Depois, bem, depois atitude! Podemos ser muito melhor que essa raiva que nos corrói. Podemos ser muito mais que essa mágoa e esse ressentimento que nos envenena. Podemos ser muito mais e melhores, toda vez que compreendermos a finitude das coisas…
Boa semana.