Tolo, mas um tolo
que sabe que o único amor sincero, desmedido, exagerado e insensato é,
curiosamente, aquele mais comum: o platônico. Mas esse mesmo amor não é
dotado da capacidade de mover montanhas. A amizade sim, o amor de mãe,
mais ainda. Mas o platônico não move um grão de areia. Ele termina no
mesmo ponto em que começou, no quarto, no computador, na espera sem
motivo e na nuvem de angústia que jamais precipita sobre a sua cabeça. O
amor platônico inspira os poetas, motiva os cantores, dá rumo aos que
estão perdidos, ao mesmo tempo em que os adoece, os mata, lhes borra o
sentido da existência.(beeshop)
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