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segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Toda mudança requer esforço!



mulher - reduzida Esta é a única verdade que posso passar a você, leitor, nesta semana. Toda mudança demanda esforço. Demanda renúncia, demanda mudança de hábitos, escolhas.
E, por incrível que pareça, na grande maioria dos casos não há nenhuma disposição para tal. Todos nós queremos que o outro mude, que o outro nos ligue mais, nos ame mais, nos trate melhor, nos encha de amor e carinho, queremos que este MUDE! Todos queremos isso. E, então, fica a questão:
O QUE ESTAMOS FAZENDO POR NÓS!?
O que fazemos? Onde estamos nós enquanto a vida passa? Estamos focados em nosso crescimento, nosso desenvolvimento, nossos sonhos?
Ou estamos lá, passeando pela vida, querendo transformar o outro? Fazê-lo melhor do que pensamos que é?
Por que perdemos nosso tempo nessa “missão” que não tem nada de sagrado?
Sagrada é a vida! É a busca pela paz interior. Pelo equilíbrio entre corpo, mente e espírito. Esse é o milagre. Tornamo-nos, dia após dia, melhores do que hoje.
E, então, a escolha: o que vai ser? Continuar reclamando da vida e do outro ou mudar o foco e ver o que podemos fazer por nós?!
Normalmente, nas relações saudáveis, essa decisão basta para que o outro de forma simultânea também mude, se transforme. O outro começa também a querer ser melhor. E, então, está feita a poesia! Tudo tende a caminhar para um resultado de amor, compromisso, envolvimento e respeito. A relação floresce.
Agora, quando não queremos mudar nada, absolutamente nada, e imaginamos que é mais fácil mudar o outro do que a nós mesmos: problemas à vista!
Além de não termos sucesso na empreitada, a relação que era ruim tende a ficar pior.
A história é simples assim. Vou usar o exemplo de uma leitora para ficar mais fácil. Elza casou-se jovem. Em três anos, o casal teve dois filhos. Ele nunca foi amoroso com ela nem com as crianças. Ao contrário, ele a destruía emocionalmente todos os dias, o que comprometia sobremaneira sua autoestima. Depois de cinco anos juntos, ele pediu a separação e, hoje, está casado com outra – a quem deve também destruir emocionalmente e, quem sabe, fisicamente, pois ele tem um temperamento agressivo. E solitária, ela se sente a pior das mulheres e ainda se arrepende de não ter cedido mais, ouvido mais, se humilhado mais. E, então, vem a pergunta: quem é o culpado?!
Um que agride e outro que se deixa agredir. Um complemento perfeito. Não sei dizer se há culpados. Há dois que precisam mutuamente um do outro. E só quando um lado muda, o outro transforma. Enquanto a dinâmica se mantiver inalterada, tudo tende a continuar como o usual – um círculo vicioso e destrutivo. Uma relação não saudável.
Dá para mudar?
Mudar é sempre possível!

Mas, como eu disse no início, não basta querer. É preciso buscar ajuda. Ninguém sai sozinho de uma situação dessa. A força pode vir de um grupo de ajuda, um grupo de oração, uma palavra, uma terapia – enfim, caminhos não faltam, e há que se dar, no entanto, o primeiro passo…
Sandra Maia é autora dos livros Eu Faço Tudo por Você — Histórias e Relacionamentos Codependentes, Você Está Disponível? Um Caminho para o Amor Pleno e Coisas do Amor.

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