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quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Deitado em minha cama

Deitado em minha cama

Deitado no silêncio que encerra meus pensamentos
Busco a razão para a claridade do sofrido interior
Na loucura insensante das lágrimas em deterioramento
Vou percebendo a falta que me faz seu doce sabor...

E os dias que vão passando lentamente ao meu redor
Trazem na tela da memória as cenas dos últimos capítulos
Tento não assistir para não tornar o tormento ainda pior
Mas, não resisto, pois da lição e do martirio quero ser discipulo...

Somente o castigo pode trazer paz para minha alma
Pois nos lábios que um dia senti o seu doce sabor
Hoje, sinto somente areia do deserto na própria cama
Sinal que carrego comigo a penitência por onde for...

E deitado em minha cama, sentindo o peso sobre mim
Sem forças e sem vontade para em algum lugar chegar
Tudo que avisto, nas paredes de minha deprimida mente

São quadros com seu sorriso que vão se alterando, 
Que ao passar folhear rapidamente, vejo que tristemente
Fui razão de seu sorriso e também pela dor proporcionar...

E não sei se em algum tempo poderá me perdoar
Pois minha salvação não depende de sua benção
Mas de minha própria absolvição e, condenado
Me sinto, por ter chutado um coração apaixonado...

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