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terça-feira, 5 de fevereiro de 2013
DOLOROSA SAUDADE
DOLOROSA SAUDADE
Dolorosa saudade que me segue
Com gosto inebriante amargo e doce.
Triste recordação que me persegue
Como se minha própria sombra fosse.
Ilusão que não passa e não consegue
Da memória escapar o que acabou-se.
Insistente em lutar, eis que se ergue
E reacende a chama que apagou-se.
Cicatriz de uma dor maldita e santa
Treme em meu peito com ternura tanta
Que eu jamais saberia descrever.
E espinho que fere mas não mata...
E bálsamo que cura e que ma1trata!...
...Dolorosa saudade de você!
Bernardina Vilar
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