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quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Nunca esqueci...

Foto: Nunca esqueci de uma senhora que,ao responder por quanto tempo pretendia trabalhar,respondeu com toda a convicção: “Até os 100 anos”.O repórter, provocador, insistiu: “E depois?”.
“Ué, depois vou aproveitar a vida”.Quem viu o filme Fatal deve lembrar do professor sessentão,vivido por Ben Kingsley, que se apaixona por uma linda e jovem aluna (Penélope Cruz)e passa a ter com ela um envolvimento que lhe serve como tubo de oxigênio e ao mesmo tempo o faz confrontar-se com a própria finitude.No livro que deu origem ao filme (O Animal Agonizante, de Philip Roth),há uma frase que resume essa comovente ansiedade de vida:“Nada se aquieta, por mais que a gente envelheça”.Essa é a ardileza da passagem do tempo:
ela não te sossega por dentro da mesma forma que te desgasta por fora.O corpo decai com mais ligeireza que o espírito, que, ao contrário,costuma rejuvenescer quando a maturidade se estabelece.Como compensar as perdas inevitáveis que a idade traz?Usando a cabeça: em vez de lutarmos para não envelhecer,
devemos lutar para não emburrecer. Seguir trabalhando, viajando, lendo,se relacionando, se interessando e se renovando.
Porque se emburrecermos, aí sim, não restará mais nada.

(MARTHA MEDEIROS)

Nunca esqueci de uma senhora que,ao responder por quanto tempo pretendia trabalhar,respondeu com toda a convicção: “Até os 100 anos”.O repórter, provocador, insistiu: “E depois?”.
“Ué, depois vou aproveitar a vida”.Quem viu o filme Fatal deve lembrar do professor sessentão,vivido por Ben Kingsley, que se apaixona por uma linda e jovem aluna (Penélope Cruz)e passa a ter com ela um envolvimento que lhe serve como tubo de oxigênio e ao mesmo tempo o faz confrontar-se com a própria finitude.No livro que deu origem ao filme (O Animal Agonizante, de Philip Roth),há uma frase que resume essa comovente ansiedade de vida:“Nada se aquieta, por mais que a gente envelheça”.Essa é a ardileza da passagem do tempo:
ela não te sossega por dentro da mesma forma que te desgasta por fora.O corpo decai com mais ligeireza que o espírito, que, ao contrário,costuma rejuvenescer quando a maturidade se estabelece.Como compensar as perdas inevitáveis que a idade traz?Usando a cabeça: em vez de lutarmos para não envelhecer,
devemos lutar para não emburrecer. Seguir trabalhando, viajando, lendo,se relacionando, se interessando e se renovando.
Porque se emburrecermos, aí sim, não restará mais nada.

(MARTHA MEDEIROS)

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